sexta-feira, 9 de novembro de 2012


Sou sacerdotisa em torno do templo da tua pele.
Te faço um altar, escrevo uma reza bonita e te entôo cânticos de devoção.
Mas tu, a quem nada comove, apenas fazes brotar infinitos abismos no meu seio.
Que me levam a enterrar certezas, e duvidar até de quem sou.
Minha maldição é que nem quando me perco, te perco de mim.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Todo tempo é muito pouco,
Todo ele é o eterno retorno,
Do ar salgado que se esconde nas feridas.
Que sopra e faz arder o juízo,
Incendiando os dias virgens
E fazendo com que renasça
Toda a dor que inda não floresceu.